Só em Dezembro de 2008, na melhor das hipóteses, é que a Marinha portuguesa vai receber o primeiro navio de patrulha oceânica. A construção dos navios de combate à poluição está também atrasada. Cinco anos depois do desastre do Prestige, muito pouco se alterou em Portugal.
O ministro da Defesa anunciou ontem que a Marinha vai receber, até finais de Dezembro de 2008, o primeiro navio de patrulha oceânica que está a ser construído nos estaleiros de Viana do Castelo.
Já os navios de combate à poluição, também encomendados pelo então ministro Paulo Portas, só a partir de 2010 é que devem estar operacionais.
Há 5 anos, depois do acidente com o petroleiro Prestige, em Espanha, o Governo português tentou apetrechar a marinha com mais meios.
De qualquer modo, diz o comandante Velho Gouveia, nenhum país, sozinho, tem capacidade para enfrentar um desastre como o que aconteceu há 5 anos com o derrame de mais de 64 mil toneladas de crude.
«Nenhum país, nenhum Estado costeiro, terá a capacidade para enfrentar uma acidente como o do Prestige, mas e possível adquirir mais equipamentos, mais meios, que permitam responder de modo mais eficaz», salienta o comandante, responsável pelo departamento de Combate à Poluição da Direcção-geral de Autoridade Marítima.