A ex-presidente da Sociedade de Reabilitação Urbana Oriental diz ter feito as primeiras denúncias sobre a empresa em Outubro de 2006, denúncias que não quis esclarecer. Teresa Goulão desvalorizou ainda as declarações do actual administrador interino da empresa.
A antiga presidente da Sociedade de Reabilitação Urbana Oriental, que abandonou o seu cargo a 31 de Outubro, assegurou que fez as primeiras denúncias sobre a empresa que dirigiu em Outubro de 2006 e que pediu uma auditoria externa, processo que acabou nas mãos do Ministério Público.
Em declarações à TSF, Teresa Goulão não quis identificar as irregularidades que estiveram na base da busca da PJ às instalações desta empresa da câmara de Lisboa, mas sublinhou que está a colaborar com as autoridades no sentido de se apurar a verdade.
«Considero que não estarei a fugir à verdade, se disser que foi uma sequência natural dos factos que gostaria de ver apurados», acrescentou esta ex-responsável da SRU Oriental sobre a busca feita pela PJ.
Teresa Goulão assinalou ainda que esta busca acontece numa altura em que já não é presidente do conselho de administração da empresa, tendo ainda lembrando que nenhum dos dossiers foi levado pela PJ.
A antiga presidente da SRU Oriental aproveitou ainda para desvalorizar declarações do administrador interino da empresa, Gonçalo Moita, que sem referir o nome de Teresa Goulão, falou em «documentos arrecadados e fechados à chave na sala de uma pessoa que veda o acesso a outras pessoas».
«Registei as declarações. Aquela acção é para apurar a verdade e não vale a pena agitar muito estas coisas. Não vou entrar em detalhes que não interessam aos ouvintes nem à empresa, nem à câmara, nem a ninguém», adiantou a antiga responsável.
Para Teresa Goulão, considerou que tudo se saberá quando terminar este inquérito e que esta situação é «fruto de alguma agitação do momento».