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Joaquina Madeira admite suspeita de abusos

A presidente do Conselho Directivo da Casa Pia, Joaquina Madeira, admitiu esta quinta-feira que, face à recente suspensão de um educador, «há indícios e suspeitas de abusos sexuais envolvendo alunos da instituição», o que a leva a corrigir as suas últimas declarações.

Joaquina Madeira falava hoje no programa da RTP «Grande Entrevista», que ocorre um dia depois de ter sido tornada pública a suspensão preventiva de um educador de juventude da instituição devido à existência de indícios de «violação grave» do dever de protecção das crianças.

Na entrevista, a responsável acabou por admitir que, por detrás desta suspensão, está a suspeita de indícios de abusos sexuais mas adiantou que nada está provado, não podendo por isso afirmar que existam.

«Terá de ser provado nas instâncias próprias, não há provas. Existem suspeitas que não posso considerar que sejam firmes, mas actuámos e pedimos autorização ao ministro para promover a suspensão, retirámos o educador do contacto com as crianças e elaborámos a denúncia ao procurador-geral

Republica», disse.

Joaquina Madeira referiu que este novo episódio com um educador da instituição a leva a corrigir declarações proferidas em Outubro após uma entrevista da antiga provedora da Casa Pia, Catalina Pestana, ao semanário Sol, na qual esta afirmava não ter «dúvidas nenhumas de que ainda existem abusadores internos na Casa Pia de Lisboa».

Poucos dias depois destas declarações da antiga provedora, Joaquina Madeira garantiu que não tinha indícios de novos abusos sexuais dentro da instituição.

Joaquina Madeira esclareceu agora que este caso divulgado quarta-feira da suspensão de um educador do Lar Cruz Filipe não coincide com os dados que Catalina Pestana tinha, uma vez que os indícios de que falava a antiga Provedora referiam-se ao Colégio Maria Pia.

Redação