O Procurador-geral da República (PGR) diz que não passa de «interpretação jornalística» a manchete da revista Visão, que escreve «Procurador ameaça Governo». Depois de ter dito que não aceita ficar dependente do poder político, Pinto Monteiro esclareceu que não tenciona «bater com a porta».
O Procurador-geral da República (PGR) diz que não passa de «interpretação jornalística» a manchete da revista Visão, que escreve «Procurador ameaça Governo».
Depois de ter dito que não aceita ficar dependente do poder político, Pinto Monteiro esclareceu quarta-feira que não tenciona abandonar o cargo.
«Não fiz qualquer ameaça, não disse que batia com a porta. Isso são interpretações jornalísticas. Não acredito que haja intenção, nem dos srs. deputados nem do Governo, de fazr uma lei tão claramente inconstitucional que equipare os magistrados a funcionários públicos», disse o PGR à RTP.
Na entrevista à Visão, divulgada esta quinta-feira, o procurador-geral da República adianta que «começa a haver alguns sinais de que pode estar em perigo a autonomia do Ministério Público», advertindo que não aceitará «ser um procurador-geral dependente do poder político».
Agora, Pinto Monteiro diz que apenas pretendeu chamar a atenção para eventuais ambiguidades na lei, reconhecida já pelo ministro da Justiça, Alberto Costa, no final de Outubro.