A Associação Nacional de Feguesias (Anafre) classifica como «erro» e «atentado à democracia representativa» o facto de os presidentes da junta deixarem de poder votar o orçamento e os planos de actividade nas assembleias municipais, no acordo previsto entre o PS e PSD para a revisão da lei eleitoral autárquica.
O presidente da Associação Nacional de Feguesias considerou, esta quarta-feira, tratar-se de um «erro» o facto de os presidentes da junta deixarem de poder votar o orçamento e os planos de actividade nas assembleias municipais, no acordo previsto entre o PS e PSD para a revisão da lei eleitoral autárquica.
Apesar de sublinhar que ainda não conhece em detalhe o acordo, Armando Vieira promete, no entanto, contestar até ao limite a redução de poderes dos presidentes das juntas de feguesia.
«Não conhecendo o acordo na sua íntegra, mas, a ser verdade que os dias grandes partidos acordaram que os presidentes das juntas deixam de ter o direito de votar os planos de actividade e orçamentos do município, trata-se de um erro», disse.
«A Anafre não vai aceitar essa decisão e contestá-la-á até onde for possível», acrescentou, sublinhando que está em causa «um atentado à democracia representativa».