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PSD diz compreender motivos da greve

O líder do PSD, Luís Filipe Menezes, afirmou esta sexta-feira que não se congratula com a greve da administração pública, mas compreende as razões da paralisação dos funcionários públicos.

Em conferência de imprensa, Luís Filipe Menezes disse que «o PSD não se congratula com circunstâncias como esta, mas compreende cabalmente a posição dos sindicatos que promoveram esta greve bem como com a maioria dos trabalhadores portugueses».

O líder do PSD apelou, por outro lado, ao Governo para que inicie «um novo ciclo de concertação social».

Para Menezes, este novo ciclo deve dar «horizontes de estabilidade aos trabalhadores da administração pública».

O líder social-democrata pretende que o Governo inclua três vertentes no novo ciclo, começando pela indexação de políticas salariais de médio prazo a referências constantes e objectivas da economia.

A inclusão na mesa das negociações dos parâmetros da reforma da administração pública e a definição de um processo de estabilização dos direitos sociais são as outras exigências do PSD para esta nova ronda com os parceiros sociais.

«Só desta forma podemos ter uma administração pública mobilizada», defendeu.

«Manifestamos a nossa solidariedade e compreensão em relação aos trabalhadores da administração pública mas gostaríamos que não houvesse necessidade de, nos próximos anos, existirem greves destas dimensões», sublinhou.

O líder social-democrata considerou que «existem circunstâncias que justificam esta greve», como a perda de compra dos trabalhadores portugueses «pelo sétimo ano consecutivo» e a instabilidade nos direitos sociais.

«Em dois anos e meio os trabalhadores da administração pública têm visto nos seus direitos sociais - no acesso à educação, à saúde, às pensões - um mundo de incerteza a instalar-se», criticou Menezes, que apontou também um cenário de grande «crispação social».

Redação