portugal

Procuradora Morgado não revela se recebeu ameaças

Questionada, pela TSF e Diário de Notícias, sobre as investigações do caso Apito Dourado, Maria José Morgado não quis dizer se foi ameaçada, mas sobre o julgamento lembra que os casos também julgam os tribunais.

Questionada sobre se durante as investigações do processo Apito Dourado sentiu influências, pressões ou ameaças, a magistrada respondeu: «Ameaçar directamente nunca ninguém ameaçou... mas não vou responder a isso... vou-me fazer distraída (...)».

Também sobre o caso Apito Dourado, a magistrada diz que não será, para si, uma derrota caso não venham a existir condenações.

«(...) Nenhum magistrado tem por missão obter condenações. Isso é contrário ao nosso estatuto. Também devo dizer que os tribunais julgam os casos mas os casos também julgam os tribunais», adiantou.

Na entrevista à TSF e ao DN, Maria José Morgado defendeu ainda que os serviços secretos devem fazer escutas telefónicas, em nome da segurança nacional.

A magistrada recusou a ideia de que as escutas sejam feitas em demasia, explicando que a realização de uma escuta é um «fardo enorme» devido aos aspectos burocráticos que têm de ser seguidos.

Morgado voltou a dizer que é a favor de escutas por parte dos serviços secretos «para protecção e segurança do cidadão e do país».

Na entrevista, a procuradora comentou também o combate à corrupção, defendendo que a judiciária está «melhor preparada» que os magistrados para combater este tipo de criminalidade.

Redação