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Blair defende Constituição apesar de suspensão de referendo

Tony Blair defendeu a Constituição Europeia como um «modo perfeitamente sensato de seguir em frente», apesar da suspensão do referendo no Reino Unido. A República Checa poderá ser o próximo país a seguir o exemplo dos britânicos.

O primeiro-ministro britânico considerou que a Constituição Europeia representava um «modo perfeitamente sensato de seguir em frente», apesar da suspensão do referendo europeu anunciada pelo governo britânico.

Em entrevista ao Financial Times, Tony Blair disse ainda que a «Europa terá de dotar-se de normas para o futuro» e que a Europa não deve «abandonar o modelo social, devendo sim ter um «modelo social forte, adaptado ao mundo de hoje».

Blair não quis ainda responder aqueles que consideram que a decisão de Londres de Londres de suspender o referendo permitirá ao primeiro-ministro britânico permanecer mais tempo no poder.

«Acho que o meu dever é continuar a governar e deixar cada um especular o que quiser», concluiu Blair, que visita a partir desta terça-feira os EUA, onde se encontrará com George W. Bush.

A República Checa poderá ser o próximo país a suspender o referendo à Constituição Europeia pelo menos a avaliar pelas palavras do primeiro-ministro do país numa entrevista à BBC.

Para Jiri Paroubek, os «nãos» da França e da Holanda tornam «impossível» o escrutínio na República Checa, tendo a decisão de suspensão do referendo no Reino Unido «desiludido» o executivo checo.

«Actualmente é necessário iniciar discussões sobre o futuro da Constituição Europeia sobre o futuro deste processo na República Checa. É uma situação muito difícil para nós, porque a oposição à Constituição está muito forte» na República Checa, acrescentou.

Por seu lado, o primeiro-ministro luxemburguês considerou que um acordo entre os 25 países da União Europeia sobre o futuro Orçamento europeu provará que a Europa «continua em marcha».

Para Jean-Claude Juncker, que é o actual presidente de turno da UE, a «Europa apresenta-se hoje num estado que não inspira confiança nem aos consumidores nem aos investidores que nos olham ao longe», após os «nãos» à Constituição por parte da França e da Holanda.

Redação