O Supremo Tribunal israelita abriu caminho para a retirada israelita de Gaza e de quatro colonatos da Cisjordânia. A instância judicial rejeitou um requerimento que defendia que a retirada violava os direitos dos colonos.
O Supremo Tribunal israelita considerou, esta quinta-feira, que o plano de retirada do governo de Ariel Sharon de Gaza e de quatro colonatos da Cisjordânia era legal, tal como a lei de indemnizações aos colonos.
A decisão, aprovada por dez dos 11 juizes da instância máxima judicial de Israel que entenderam que não são violados os direitos dos colonos que terão de sair dos locais de onde o governo judaico vai retirar, surgiu na sequência de um requerimento que defendia esta tese.
De acordo com a lei das indemnizações aprovada pelo Knesset (parlamento israelita) a 16 de Fevereiro de 2005 cada família de colonos poderá receber entre 200 e 400 mil dólares, dependendo do tempo em que estava no local, o tamanho da propriedade e o número de filhos.
O plano de retirada de Gaza e de quatro colonatos na Cisjordânia foi aprovado a 26 de Outubro de 2004 e prevê a evacuação das unidades de exércitos estacionadas no local, bem como de cerca de 8400 colonos.
A direcção de um dos colonatos israelita no sul de Gaza considerou que a decisão do Supremo Tribunal é «flagrantemente discriminatória» e que foi tomada sem a presença dos juizes no local.