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Governo responsabiliza secretário-geral do PRS

O governo guineense responsabilizou, este sábado, o secretário-geral do Partido da Renovação Social (PRS, o maior da oposição) da Guiné-Bissau pelos incidentes registados sexta-feira numa marcha de protesto, que causaram quatro mortos e seis feridos.

Num comunicado, assinado pelo ministro da Administração Interna (MAI), Mumine Embalo, o executivo de Carlos Gomes Júnior acusa Artur Sanhá e o deputado do PSR Biaia Na Pana pela "instrumentalização" da Juventude do Partido da Renovação Social (JPRS).

«(O governo) responsabiliza directamente Artur Sanhá e o deputado Biaia Na Pana pela instrumentalização da Juventude do PRS, que os incitou a levar a cabo essa acção de perturbação da paz social e da ordem pública», refere-se no documento.

Lamentando a existência de vítimas mortais, cujo número subiu no sábado para quatro depois de um dos feridos graves ter sucumbido aos ferimentos, o executivo lembra que, em casos desta natureza, cabe-lhe preservar a ordem pública, sublinhando ainda que não foi pedida qualquer autorização para a organização da marcha.

A marcha destinava-se a protestar contra alegadas irregularidades cometidas na primeira volta das eleições presidenciais de domingo último, mas acabou por ser realizada apenas após a divulgação dos resultados provisórios, que afastaram Kumba Ialá, candidato apoiado pelo PRS, na segunda volta.

A manifestação foi liderada por Artur Sanhá que, mais tarde, após breves declarações aos jornalistas, acabaria detido pela polícia na posse de duas pistolas e de outros tantos carregadores, segundo o comissário-geral da Polícia de Ordem Pública (POP), coronel Antero João Correia.

Já à noite, acabou por ser transferido para o Hospital Militar de Bissau, onde se encontra a receber assistência médica e sob vigilância, desconhecendo-se ainda se vai ou não ser libertado.

Redação