A polícia britânica ainda não conseguiu identificar nenhuma das vítimas mortais dos atentados de quinta-feira, em Londres. Os trabalhos estão a ser dificultadas pelo calor e pelo pó existente no local. Sabe-se, agora que as explosões no metropolitano ocorreram espaçadas apenas por segundos.
As autoridades britânicas ainda não identificaram nenhuma das vítimas mortais dos atentados de quinta-feira em Londres, devido ao estado de mutilação dos corpos.
Segundo informações divulgadas este sábado, pela polícia britânica, a maioria dos corpos apresenta sérias mutilações e traumatismos e os peritos ainda não conseguiram recuperar os restos mortais de todas as vítimas.
O processo de recuperação dos corpos nos túneis do metropolitano está a decorrer sob condições extremas, explicou a polícia, devido ao espaço limitado, ao pó e ao intenso calor.
«É uma tarefa muito difícil», reconheceu o superintendente Jim Dickie, em declarações aos jornalistas.
Segundo o mesmo responsável, o processo de identificação dos cadáveres começa ainda hoje e os peritos forenses vão recorrer a impressões digitais, registos dentários e análises de ADN.
Com a autorização das famílias, a polícia pretende recolher amostras de cabelo em casa das pessoas dadas como desaparecidas para facilitar a identificação dos corpos.
Além desta tarefa, as equipas estão também à procura «de todas as pistas forenses possíveis» que possam ajudar na captura dos responsáveis pelos atentados.
Novas informações divulgadas pela polícia revelam que as três explosões no Metro de Londres ocorreram quase em simultâneo, espaçadas apenas por segundos.
De acordo com o subcomissário da Polícia Metropolitana britânica, Brian Paddick, a primeira explosão ocorreu cerca das 08:50 locais (mesma hora em Lisboa) e decorreram «cinquenta segundos» entre cada detonação.
A polícia defende, também, que as bombas utilizadas nos atentados não eram artesanais, mas não confirma se se tratavam de engenhos militares, industriais ou plásticos. Os engenhos continham explosivos potentes, num total de 4,5 quilos.
Até ao momento, as autoridades não efectuaram qualquer detenção.
O último balanço oficial das autoridades britânicas aponta para, pelo menos, 50 mortas e cerca de 700 feridos, além de cerca de 20 desaparecidos.