A polícia britânico identificou, esta segunda-feira, a primeira das cerca de 50 vítimas mortais dos atentados terroristas de quinta-feira em Londres. A informação foi avançada numa altura em que os apelos das autoridades vão no sentido de que Londres volte à sua vida normal.
Quatro dias depois dos atentados que atingiram a capital britânica, Londres procura, esta segunda-feira, voltar à sua rotina, apesar de se manter o alerta de segurança no metropolitano, o meio de transporte privilegiado pelas pessoas.
Para dar o exemplo de que a vida deve prosseguir com normalidade, o presidente da câmara de Londres, Ken Livingstone, usou o metropolitano para chegar ao emprego
«Nós vamos trabalhar, continuamos com a nossa vida. Não deixamos que um pequeno grupo de terroristas altere a nossa forma de viver», disse Livingstone, salientando, no entanto, que os britânicos não deixam de pensar nos atentados de quinta-feira.
Maior preocupação das autoridades é agora evitar o pânico nos milhares de pessoas que, todos os dias, usam o metropolitano.
Para tal estão a ser difundidas mensagens onde se apela para que o público não deixe abandonados embrulhos ou malas.
«Alguns passageiros estão a deixar objectos nas estações apesar dos nossos contínuos anúncios para que não o façam. Isto não é descuido, é irresponsabilidade», afirmou um porta-voz do Metropolitano.
Também hoje a polícia anunciou ter identificado, pela primeira vez, uma das vítimas dos atentados.
Susan Levy, de 53 anos, seguia na linha de Picadilly quando foi apanhada pela explosão.
A Scotland Yard já avisou que o processo de identificação das vítimas vai ser demorado, para que não surjam confusões na identificação das vítimas, um alerta que tem, no entanto, recebido muitas críticas.