Na Grã-Bretanha a polícia provocou uma explosão controlada na localidade de Leeds, no norte, numa casa que esta manhã foi alvo de buscas. Tudo indica que nesta residência morava alguém com ligações aos atentados de quinta-feira em Londres.
Foram revistadas pela polícia cinco casas ao abrigo da lei anti-terrorista do Reino Unido. As buscas começaram às 06:30 da manhã, mas enquanto que em quatro casas terminaram a meio da manhã, numa delas a investigação prosseguiu.
Por volta das 11:00 a polícia começou a fazer a evacuação de todo o bairro em redor dessa casa, foram retiradas cerca de 600 pessoas das várias residências, de uma mesquita, de um centro de saúde e de um lar de idosos.
A televisão inglesa foi filmando as imagens, algumas delas dramáticas, especialmente dos idosos a serem evacuados.
Depois a polícia provocou uma explosão controlada para conseguir entrar nesta casa suspeita.
Há um grande aparato militar e policial na zona, foram vedadas seis ruas próximas desta residência, situada no bairro de Burley onde há uma forte presença muçulmana.
Segundo o inspector Miles Himsworth, ninguém se encontrava na casa, onde a polícia empreendeu uma meticulosa busca. A BBC afirma que os investigadores procuravam explosivos e pistas.
Para o chefe da polícia britânica Scotland Yard, Ian Blair, que conduz as investigações, esta é uma operação de «suma importância».
O responsável referiu que a polícia está a analisar cerca de 2.500 cassetes de vídeo de câmaras de segurança na esperança encontrar dados que permitam levar à identificação dos autores dos atentados.
Uma das teorias da polícia sobre o "modus operandi" dos terroristas é que estes terão seguido juntos até King's Cross, onde várias linhas de metropolitano e de comboios dos subúrbios se cruzam, separando-se depois para colocarem as bombas.
Os três comboios afectados e o autocarro partiram todos de King's Cross.
Entretanto, em Londres, as autoridades encontraram junto à estação de Luton um automóvel que dizem estar relacionado com os atentados. As autoridades evacuaram a estação e o parque de estacionamento.
São as primeiras acções visíveis da maciça investigação que está a ser desenvolvida pela Scotland Yard para encontrar pistas que levem à descoberta dos autores das explosões de quinta-feira, que provocaram até agora 52 mortos e 700 feridos, 55 deles ainda hospitalizados.