A polícia italiana condenou, esta quarta-feira, duas pessoas de fazerem parte de uma célula terroristas, uma delas implicada nos atentados de Casablanca. A condenação surge no mesmo dia em que a polícia italiana lançou uma operação de busca nacional para descobrirem pessoas suspeitas de pertencerem a meios islamitas radicais.
A polícia italiana condenou, esta quarta-feira, duas pessoas acusadas de fazerem parte de uma célula terrorista que operava a partir do norte de Itália.
Uma das pessoas, o imã marroquino Mohamed Rafik, acusado pelas autoridades marroquinas de ligação aos atentados de Casablanca em Maio de 2003, foi condenado a quatro anos e oito meses de cadeia por terrorismo internacional.
O outro arguido, Kamel Hamroui, foi condenado a três anos e quatro meses de cadeira, acusado de pertencer a uma célula terrorista que planeava ataque em Itália.
Estas condenações foram as primeiras a serem feitas no âmbito da nova lei antiterrorista, aprovada após os atentados de 11 de Setembro nos Estados Unidos.
Estas condenações surgem um dia depois do governo italiano ter anunciado uma série de novas medidas para reforçar a luta contra o terrorismo.
Esta quarta-feira, a polícia italiana lançou uma vasta operação de busca nacional, nos meios islamitas radicados em Itália, com o objectivo de controlar os movimentos de pessoas suspeitas de pertencerem a esses meios.
Segundo informações divulgadas pelo mistério público italiano, forma efectuadas cerca de 200 buscas, em várias cidades do norte do país, em Nápoles e na Sicília.
Na apresentação do novo pacote de medidas, o ministro do Interior italiano afirmou que o terrorismo estava «a bater à porta de Itália» e exortou o Parlamento a aprovar as novas medidas para combater o terrorismo que incluem, entre outras, a detenção durante 24 horas de suspeitos sem culpa formada.
No sábado, a polícia italiana já tinha anunciado uma vasta operação no norte do país, que levou à detenção de 142 pessoas, das quais 83 imigrantes em situação irregular, mas as autoridades não precisaram se pessoas suspeitas de pertencer aos meios islamitas radicais faziam parte das detidas.
Na sequência desta operação foram abertos 52 processos de expulsão do território italiano.