Uma série de explosões, visando vários hotéis e outros locais da estância turística de Charm el-Cheik, provocou pelo menos 88 mortos, incluindo vários estrangeiros, e mais de 150 feridos. Os atentados já foram reivindicados por um grupo ligado à al-Qaeda. Não há vítimas portuguesas identificadas.
Os atentados registados, este sábado de madrugada (hora local), em Charm el-Cheik, Egipto, fizeram pelo menos 88 mortos e 150 feridos, alguns em estado grave, segundo fonte hospitalar.
Entre os mortos encontram-se turistas estrangeiros. Uma fonte da polícia afirmou que dos oito estrangeiros falecidos, dois eram britânicos, dois italianos, um ucraniano, um russo, um holandês e um árabe israelita.
De acordo com o ministério dos Negócios Estrangeiros e com o embaixador português no Cairo, Fernando Ramos Machado, ouvido pela TSF, não há vítimas portuguesas identificadas.
Pelo menos dois carros armadilhados estiveram envolvidos nas sete explosões, segundo as contas da polícia, que se registaram esta madrugada em Charm el-Cheik.
Um dos veículos tinha como alvo o hotel Ghazala Gardens, de quatro estrelas, que ficou parcialmente destruído.
O automóvel, lançado em movimento contra a portaria, terá sido conduzido por um terrorista suicida, segundo um deputado egípcio que se encontrava naquela estância turística.
O segundo carro armadilhado explodiu perto de um café no mercado velho, matando pelo menos 17 pessoas que se encontravam na esplanada.
Fontes dos serviços de socorro adiantaram que as explosões ocorreram quase simultaneamente no hotel referido e em vários outros locais.
O governador da província do sul do Sinai, onde se situa Charm el-Cheik, referiu-se a uma terceira explosão num parque de estacionamento. O responsável não indicou se este ataque aconteceu devido a um carro armadilhado ou uma bomba colocada sob um carro estacionado.
Outras fontes anunciaram que um quarto veículo armadilhado explodiu frente ao hotel Movenpick, um dos mais luxuosos da zona.
O «grupo al-Qaeda no país do Levante e no Egipto» reivindicou estes atentados em comunicado publicado num sítio Internet islamista. A autenticidade da mensagem não foi ainda confirmada.
O mesmo grupo reivindicou os atentados numa zona próxima, denominada Taba, que foi alvo de uma série de explosões a 07 de Outubro do ano passado. Estes ataques causaram 34 mortos, entre os quais muitos turistas israelitas.
Charm el-Cheik foi o local onde israelitas e palestinos assinaram em Fevereiro um acordo para o recomeço do plano de paz.