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IRA ordena fim da luta armada

O Exército Republicano Irlandês (IRA) ordenou a todos os militantes para porem fim à luta armada a partir desta quinta-feira às 16:00 (mesma hora em Lisboa). O governo britânico já se congratulou com o anúncio.

Em comunicado, o IRA refere que «ordenou formalmente o fim da luta armada, com efeito às 16:00 de hoje».

O IRA pede ainda aos seus membros que deponham as armas e contribuam para alcançar os seus objectivos por meios exclusivamente «democráticos, políticos e pacíficos».

No entanto, a organização sublinha que não se dissolverá, um dos pedidos apresentados pelos unionistas para negociar com o Sinn Fein, braço armado do IRA, a formação de um governo partilhado no Ulster, que permanece suspenso desde 2002 por um suposto caso de espionagem do IRA em departamentos governamentais.

Esta decisão histórica do IRA, que cumpre um cessar-fogo em vigor desde 1997, deve conduzir à desactivação do conjunto do aparelho paramilitar da organização, iniciativa sem precedentes desde a formação desdte grupo clandestino em 1970.

Blair satisfeito com «passo sem precedentes» do IRA

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, recebeu com satisfação o anúncio do Exército Republicano Irlandês (IRA) de que vai abandonar a luta armada, qualificando-o de «passo de uma magnitude sem precedentes na história da Irlanda do Norte».

«Este pode ser o dia em que, finalmente, depois de todos os passos em falso e esperanças perdidas, a paz substitua a guerra, a política substitua o terrorismo na ilha da Irlanda», disse Blair, numa mensagem televisiva gravada no seu gabinete de Downing Street.

«Saúdo a declaração do IRA que põe fim à sua campanha, saúdo a sua clareza, saúdo o reconhecimento de que a única via para a mudança política usa meios exclusivamente pacíficos e democráticos»,acrescentou.

Redação