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Brasileiro morto pela polícia estava ilegal

O visto de estudante do brasileiro morto pela Scotland Yard afinal estava caducado há dois anos e o passaporte tinha um selo falso dos serviços de imigração, informou esta quinta-feira o Ministério do Interior britânico.

O selo dos serviços de imigração, que autorizava Jean Charles de Menezes a permanecer indefinidamente no país, «não era usado» pelos serviços de imigração na altura em que o visto de estudante foi emitido, indicou um porta-voz do ministério.

Menezes «solicitou autorização para permanecer como estudante» na Grã-Bretanha há três anos, «isso foi aprovado a 31 de Outubro de 2002 e a (autorização de) permanência foi-lhe concedida até 30 de Junho de 2003», assinalou o Ministério do Interior.

«Não temos provas de qualquer outra solicitação ou correspondência (posterior) por parte do senhor Menezes», acrescentou o mesmo porta-voz.

O brasileiro, de 27 anos, electricista de profissão, morreu numa carruagem do metropolitano na estação de Stockwell, atingido com oito tiros (sete na cabeça e um no ombro) por agentes da polícia à paisana que procuravam suspeitos dos atentados falhados de 21 de Julho.

De acordo com a versão policial, o jovem, a quem os agentes seguiam desde que este saíra de uma casa sob vigilância, não se deteve quando os polícias o mandaram parar.

Temendo que pudesse ser um bombista suicida, os polícias disparam a matar.

O cadáver de Jean Charles de Menezes chegou hoje ao Brasil, onde foi recebido pelas autoridades, familiares e amigos.

Redação