A justiça italiana ainda não decidiu sobre o pedido de extradição, feito por Londres, do homem detido sexta-feira passada, suspeito da autoria diz atentados falhados em Londres. A polícia italiana garante que o etíope não tem qualquer ligação com organizações terroristas em Itália.
A polícia italiana deu hoje garantias de que Hamdi Isaac, o homem detido sexta-feira em Roma sob suspeita de ser o autor dos atentados falhados em Londres, a 21 de Julho, não tem qualquer ligação com organizações terroristas em Itália.
Numa conferência de imprensa realizada esta segunda-feira, Carlo de Stefano, responsável pelo grupo de trabalho anti-terrorismo, explicou que Isaac, um etíope de 27 anos com passaporte britânico, dispunha de uma vasta rede de apoios em Itália mas esses apoios eram, acima de tudo, dados por familiares que lhe terão dado guarida depois de ter deixado a capital inglesa.
Segundo a polícia, Isaac não tinha qualquer intenção de organizar ou participar num atentado em Itália e só se refugiou no país porque o conhece bem assim como a língua italiana.
O etíope viveu em Itália durante a adolescência e ainda tem naquele país dois irmãos, entretanto detidos, acusados de esconderem um suspeito e de destruírem documentos importantes, explicaram as autoridades italianas.
Ainda de acordo com as informações avançadas pelos serviços de segurança, é falsa a notícia avançada esta segunda-feira pelo jornal britânico «The Guardian», segundo a qual o alegado cérebro do grupo que organizou as explosões falhadas teria sido visto em Roma.
Já o britânico de origem indiana Arun Ashat, preso no passado dia 20 em Lusaka, suspeito de ter tido um papel importante nos atentados de 7 de Julho, já tem os documentos de extradição assinados.
Durante a conferência de imprensa, as autoridades italianas não colocaram de parte a hipótese de um atentado terrorista em Itália.
«Existe a possibilidade de um atentado terrorista em Itália mas estamos a efectuar todos os controlos possíveis para evitar que tal aconteça», garantiu De Stefano.