O presidente norte-americano nomeou, esta segunda-feira, por decreto John Bolton embaixador dos EUA junto da ONU. Bush evitou assim um voto contra do Senado. Os Democratas colocam em causa a escolha na medida em que este nome fez no passado fortes críticas às Nações Unidas.
O presidente norte-americano decidiu exercer a «autoridade constitucional» para nomear Bolton embaixador junto das Nações Unidas.
Com Bolton à sua direita, Bush elogiou na Casa Branca a «vasta experiência» do nomeado e disse que o cargo lhe estava a ser «injustamento» negado pelo Congresso dos EUA.
O chefe de Estado lembrou ainda que o país que dirige estava há seis meses sem embaixador nas Nações Unidas, «cargo que não podia continuar vago mais tempo».
Nascido a 20 de Novembro de 1948, em Baltimore, John R. Bolton era sub-secretário de Estado para o Controlo de Armas e Segurança Internacional desde 2001.
Anteriormente teve funções vice-presidente do American Enterprise Institute e assistente na Faculdade de Direito da Universidade George Mason.
A nomeação de Bolton estava bloqueada no Senado pelos Democratas, que consideram que esta personalidade tem «falta de credibilidade» para ocupar o cargo junto da ONU, na medida em que no passado fez fortes críticas ao funcionamento das Nações Unidas.
A designação de embaixadores deve ser confirmada pelo Senado, mas os Democratas exigiram à Casa Branca a divulgação de documentos relacionados com as actividades de Bolton.
O presidente dos Estados Unidos tem poderes para proceder a nomeações sem a confirmação do Senado, devendo, nesse caso, o funcionário ocupar o cargo até ao termo da legislatura, neste caso até Janeiro de 2007.