O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, e a presidência da União Europeia lamentam a morte do vice-presidente sudanês John Garang e pedem aos sudaneses que prossigam com o processo de paz. Após o anúncio da morte de Garag geraram-se conflitos que resultaram na morte de 12 pessoas.
«É importante que os sudaneses prossigam o processo de reconciliação e de paz» em curso no Sudão, disse Annan aos jornalistas, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.
Depois do anúncio oficial da morte de Garang, na queda de um helicóptero no sábado, registaram-se confrontos no centro de Cartum, que provocaram pelo menos 12 mortos, segundo fontes policiais.
Os distúrbios começaram logo de madrugada, entre grupos de habitantes do sul e sudaneses do norte, tendo várias viaturas sido incendiadas e estabelecimentos saqueados.
No sul do Sudão registaram-se também confrontos nas cidades de Juba, Wau e Malakal, não havendo notícia de vítimas.
Presidência britânica pede «calma e moderação»
A presidência britânica da União Europeia pediu hoje aos sudaneses «calma e moderação neste difícil período» após a morte do vice-presidente John Garang e assegurou que continuará a apoiar a aplicação do acordo de paz.
Em comunicado, a presidência da UE destaca o «papel chave» do falecido vice-presidente sudanês e ex-líder rebelde para conseguir o fim da guerra civil no Sudão.
«Em honra da sua memória e de tudo aquilo por que trabalhou tão duramente, pedimos ao povo do Sudão que continue a trabalhar para tornar a paz numa realidade», acrescenta o comunicado.
«Estamos com a mulher, Rebecca, a família e o povo do Sudão nestes terríveis momentos», assinala a presidência.
Garang, 62 anos, morreu este fim-de-semana quando o helicóptero em que regressava do Uganda se despenhou.