Passam este sábado 60 anos sobre o lançamento da bomba atómica sobre Hiroshima, que matou 200 mil pessoas e que foi o princípio do fim da II Guerra Mundial. O governo japonês aproveitou para voltar a pedir o fim das armas nucleares.
O Japão assinalou este sábado os 60 anos do rebentamento da bomba atómica na cidade de Hiroshima, que matou aproximadamente 200 mil pessoas e que marcou o princípio do fim da II Guerra Mundial.
O governo nipónico voltou a aproveitar a data para pedir a eliminação das armas nucleares através de um projecto que apresenta anualmente perante a Assembleia-geral da ONU desde 1994.
Os céus de Hiroshima encheram-se de cerca de dez mil grandes balões em forma de pomba com mensagens de paz enviadas por representantes da Greenpeace em várias países do mundo em homenagem aos que morreram nos bombardeamentos.
As comemorações do 60º aniversário da tragédia de Hiroshima foram ainda marcados por uma «marcha de pedra» que foi concluída na quinta-feira e que teve a participação de familiares das vítimas dos atentados de 11 de Setembro nos EUA.
Sessenta anos após a utilização das bombas nucleares em Hiroshima e Nagasaki, ainda não há consenso entre os historiadores sobre se a decisão de Harry Truman seria ou não inevitável.
Os que defendem a decisão de Truman dizem que este não teria outra hipótese, já que se previa que 250 mil soldados aliados pereceriam caso tivesse que ser feita uma invasão ao Japão, o que seria um tributo demasiado pesado para uma guerra que se arrastava há seis anos.
Outros dizem que a verdadeira razão para a utilização da bomba atómica foi a tentativa de evitar que a União Soviética entrasse na invasão do Japão, o que segundo alguns teria provocado grandes problemas geopolíticos na Ásia.