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Exército israelita entra no colonato de Gadid

O colonato de Gadid está a ser alvo da atenção do exército israelita, que continua a dar andamento ao processo de retirada de Israel de Gaza. Depois de "limpar" Neve Dekalim, o exército deverá voltar a encontrar alguma resistência na sinagoga local.

O exército israelita começou, esta sexta-feira, a evacuar o colonato de Gadid, um dos últimos focos de resistência dos colonos israelitas na Faixa de Gaza, estando novamente na sinagoga local o maior número de resistentes.

Após terem completado o esvaziamento do colonato de Neve Dekalim, o exército entrou no pequeno enclave de Gadid, onde 90 pessoas se concentram na sinagoga, local que já foi abandonado pela maior parte das famílias residentes.

«O colonato de Gadid já foi abandonado pela maior parte dos seus habitantes, restando apenas seis famílias e cerca de 200 opositores. Vamos evacuá-los hoje», afirmou o general Gai Tsur, do Estado-maior do comando militar do sul de Israel.

O general disse que as operações de evacuação desta sexta-feira vão apenas concentrar-se neste colonato, ficando os restantes para a próxima semana, uma vez que as operações estão suspensas durante o sábado judaico.

Entretanto, o primeiro-ministro israelita vai deslocar-se na próxima semana para a Faixa de Gaza para se encontrar com os chefes do exército e da polícia responsáveis pelas operações de evacuação, indicou um seu colaborador próximo à AFP.

O responsável máximo pelo executivo israelita ficou furioso pela resistência oferecida por alguns opositores à retirada de Israel de Gaza, em especial aqueles que se entrincheiraram nas sinagogas, chamando-os mesmo de «bando de selvagens».

«Tratam-se de um grupo de selvagens que enviados para Kfar Darom por hipócritas que tentaram impedir pela força as medidas tomadas pelo governo e pelo parlamento. Essas pessoas deviam ser punidas», acrescentou Ariel Sharon, ao jornal Yediot Aharonot.

Através do seu porta-voz, o secretário-geral da ONU já saudou a coragem demonstrada por Sharon na retirada de Gaza, lembrando que o processo de paz no Médio Oriente exige sacrifícios quer de israelitas, quer de palestinos.

Redação