O titular da pasta israelita da Defesa quer uma «pausa» antes do desmantelamentos dos colonatos ilegais na Cisjordânia. Shaoul Mofaz disse ainda que a retirada de Gaza deverá apenas ser conclu+ida em meados de Setembro.
O ministro israelita da Defesa defendeu esta quarta-feira que Israel deve fazer uma «pausa» antes de avançar com a evacuação dos 24 colonatos ilegais da Cisjordânia, medida que tem sido repetidamente prometida aos EUA.
Em declarações à rádio militar israelita, Shaoul Mofaz acrescentou ainda que a retirada de Gaza «não será concluída antes de meados de Setembro, talvez uns dias antes ou depois».
«Quando apresentámos o nosso plano de retirada, dissemos que não deveria ligar-se essa operação à questão dos colonatos ilegais e que a retirada era prioritária», frisou.
Estas declarações surgem após a conclusão da retirada de cerca de 15 mil colonos de 21 colonatos de Gaza e de outros quatro da Cisjordânia, operações que foram terminadas duas semanas antes do previsto pelo primeiro-ministro israelita.
«A evacuação correu de forma ordeira e num tempo inferior ao previsto. Prevíamos três semanas. Mas 50 a 60 por cento dos colonos já tinham saído. Isto acelerou as coisas», acrescentou Mofaz.
Depois da evacuação dos colonos, falta ainda concretizar a demolição de cerca de 1700 casas, o desmantelamento das bases militares e a retirada dos soldados dos colonos.
As sinagogas locais também vão ser destruídas, mas as infra-estruturas construídas vão ficar.
Entretanto, um alto responsável do Ministério israelita da Defesa anunciou que já há acordo com as autoridades egípcias para a colocação de guardas fronteiriços egípcios ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza.
Amos Gilad disse que apenas falta a "luz verde" do parlamento israelita para a implementação do acordo.
Contudo, um alto responsável egípcio, a coberto do anonimato, esclareceu que ainda faltam os «ultimos ajustamentos» para que o acordo com Israel se concretize.
Os guarda-fronteiriços egípcios poderão munir-se de armas ligeiras, sendo a sua missão unicamente a de barrar o contrabando de armas do Egipto para Gaza.