Numa cerimónia contida, mas com muita emoção, os habitantes de Beslan prestaram, este sábado, homenagem às vítimas do sequestro que, há um ano, provocou a morte de 331 pessoas. Às 13:05 locais, foi observado um minuto de silêncio.
Famílias em lágrimas encheram a escola em ruínas de Beslan e observaram um minuto de silêncio, às 13:05 locais (10:05 em Lisboa), exactamente um ano após a explosão fatal que fez desencadear o assalto e o massacre dos reféns.
Pelo menos 1.500 habitantes de Beslan reuniram-se junto à escola, calmos e recolhidos, mas sem conseguirem reprimir as suas lágrimas.
Os sinos tocaram e imediatamente, no centro da escola, três dezenas de crianças soltaram aos céus 331 balões brancos, um por cada morte na tomada de reféns mais mortífera da história.
Na sexta-feira, durante um encontro com uma delegação de mães de vítimas de Beslan, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que não pode ser desculpada a atitude dos responsáveis que não cumpriram o seu dever durante a tomada de reféns na escola, há um ano.
No princípio da sua intervenção, o Presidente evocou o exemplo dos Estados Unidos, incapazes de impedirem os atentados de 11 de Setembro de 2001, para explicar que o Estado russo também não estava em condições de prevenir o tipo de actos terroristas como o de Beslan, no ano passado.