mundo

Governo demitido por presidente

O governo ucraniano foi demitido pelo presidente do país, na sequência de suspeitas de corrupção. O chefe de Segurança e Defesa Nacional, sobre o qual recaem suspeitas de corrupção, e um vice-primeiro-ministro também se demitiram.

O presidente ucraniano demitiu, esta quinta-feira, o governo do país liderado pela sua aliada Yulia Timochenko, numa altura em que se fala cada mais insistentemente em casos de corrupção no país.

Viktor Yushchenko, que considerou que o governo perdeu o «espírito de equipa», pediu ao governador da província de Dnipropetrovsk, Yuri Yekhanurov, de 57 anos, para formar o novo executivo.

«Precisamos de acabar com o desapontamento na sociedade e certificarmo-nos que os ideais da Revolução Laranja não sejam postos em causa», explicou o presidente ucraniano no poder desde Janeiro de 2005.

A demissão do governo comandado por uma das maiores aliadas de Viktor Yushchenko aconteceu após uma série de demissões, incluindo a do chefe da Segurança e Defesa Nacional, Petro Porochenko.

«Decidi entregar um pedido de demissão ao presidente ontem», explicou Porochenko, que justificou a sua demissão pelo facto de não querer obstruir as investigações aos alegados casos de corrupção do país.

Poucas horas antes, o vice-primeiro-ministro Nikolai Tomenko também tinha apresentado a sua demissão, explicando a sua saída como um protesto contra a corrupção que na sua opinião grassa no governo de Yushchenko, centrando as acusações em Porochenko.

«Não quero arcar com as responsabilidades daqueles colocaram em funcionamento um sistema de corrupção. O presidente não sabe o que se passa no país. Não roubei e não estou envolvido na corrupção em que os conselheiros e ajudantes do presidente estão envolvidos», explicou.

As acusações de corrupção atingiram também o assessor de Yushchenko, Oleksandr Tretiakov e Mykola Martynenko, líder parlamentar do partido governante.

Entretanto, o chefe da Segurança de Estado da Ucrânia Oleksander Turcinov, um aliado próximo de Timochenko, também colocou o seu lugar à disposição.

O dia ficou ainda marcado pela abertura de um processo criminal contra o chefe das alfândegas Volodymyr Skomarovsky, que estará envolvido em casos de contrabando, de acordo com os serviços nacionais de segurança.

Redação