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Schroeder e Merkel invocam últimos argumentos

Gerhard Schroeder e Angela Merkel esgrimiram os seus últimos argumentos para as eleições de domingo. Schroeder diz que os seus adversários querem destruir o sistema social alemão, ao passo que Merkel diz que o SPD não tem receitas para o futuro.

Gerhard Schroeder e Angela Merkel vão disputar no domingo o lugar de chanceler alemão, podendo a líder dos demcratas-cristãos da CDU ficar na história como a primeira mulher a chegar a este cargo.

Na sexta-feira à noite, último dia de campanha para as eleições, a candidata democrata-cristã acusou o governo SPD/Verdes de não ter «receitas nenhumas para o futuro».

«Deixem-nos impor determinadas mudanças e conseguiremos que a Alemanha fique melhor», afirmou Merkel, em Berlim, no último comício do partido antes do acto eleitoral.

Uma das praças principais da capital germânica foi o palco para o último comício dos sociais-democratas do SPD, de Gerhard Schroeder, onde o actual chanceler acusou a CDU e a CSU, este último o ramo bávaro da democracia cristã, de desmentelarem o sistema social.

«Temos de manter uma sociedade que seja leal perante as gerações futuras», afirmou Schroeder, que não se coibiu de enunciar os sucessos obtidos durante sete anos de governo.

Por seu lado, os Verdes terminaram a sua campanha também em Berlim, com um pedido para que os alemães não votem numa grande coligação entre democratas-cristãos e sociais-democratas, que teria de ser liderada muito provavelmente por Merkel.

«Schroeder só pode continuar a ser chanceler se os Verdes continuarem fortes, não votem em nenhuma grande coligação», afirmou Joschka Fischer, actual ministro dos Negócios Estrangeiros e chefe-de-fila dos Verdes.

Em Munique, o líder da CSU atacou o actual governo acusando tanto Schroeder como Fischer de mentirem quanto às «verdadeiras intenções da União», no que se refere à política social.

Numa altura em que se pensa haver ainda dez milhões de indecisos, a última sondagem publicada na sexta-feira dava aos democratas-cristãos (CDU/CSU) entre 41 e 43 por cento dos votos, contra 32 a 34 por cento para o SPD.

Numa outra sondagem, o bloco CDU/CSU, junto com os Liberais do PDS, conseguia a maioria absoluta com 49,5 por cento das intenções de voto.

Redação