A CDU, liderada pela conservadora Angela Merkel, deverá ter conseguido mais três lugares no parlamento alemão que o SPD. Após a divulgação dos resultados provisórios, Schroeder e Merkel reivindicaram para si a liderança do futuro governo.
O Comissão Eleitoral alemã indicou, este domingo, que a CDU/CSU, dirigida por Angela Merkel, tem 0,9 pontos percentuais de avanço sobre o SPD, somando até agora 35,2 por cento dos votos.
A união da direita liderada por Merkel desceu por agora para os 35,2 por cento dos votos, ao passo que o SPD de Schroeder também acabou por descer para os 34,3 por cento, mas obteve um resultado bem melhor do que se estava à espera.
Os liberais do FDP passaram de 7,4 por cento em 2002 para 9,8, enquanto que a união da esquerda progressista mais que duplicou os seus votos, recolhendo 8,7 por cento. Já os Verdes registaram um leve descida de 0,5 por cento para os 8,1 por cento.
Em termos de lugares, os resultados finais provisórios apontam para a conquista de 225 assentos por parte da CDU, mais três que o SPD. O FDP alcançou por agora 61 lugares, a união de esquerda 54, ficando os Verdes com 51.
Assim, Angela Merkel deverá ser chamada a formar governo, o que não deverá ser fácil em especial se o actual chanceler Schroeder se recusar a trabalhar com os adversários de direita.
Merkel terá a vida bastante complicada já que se se unir ao FDP não conseguirá a maioria absoluta, o mesmo acontecendo caso Schroeder se junta aos Verdes, tal como tinha sucedido em 2002.
Antes do anúncio destes resultados parciais, o ainda chanceler germânico, que poderá ser obrigado a aliar-se aos Verdes e ao FDP para obter a maioria, tinha posto de parte a hipótese de alinhar numa coligação com a CDU, com Merkel como líder de governo.
«Os alemães expressaram claramente o seu voto relativamente à questão do candidato» a chanceler, explicou Schroeder, que não só considerou que a sua adversária não venceu neste particular, como sentia que tinha «um mandato para governo estável».
Por seu lado, Angela Markel recordou que a CDU/CSU «é a maior força política do país» e que o «governo vermelho-verde terminou», admitindo ao mesmo tempo que a almejada maioria não tinha sido conseguida.
A candidata conservadora admitiu conversar com vários partidos, excepto com o da esquerda radical, estando na mira uma eventual união com o FDP, ou mesmo com a SPD.