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Líder Al-Qaeda condenado a 27 anos pelo 11/09

Um tribunal de Madrid condenou, esta segunda-feira, 18 membros da Al-Qaeda a penas entre seis e 27 anos de prisão por envolvimento nos atentados do 11 de Setembro. Todos os arguidos foram absolvidos do crime de assassínio e seis ficaram ilibados de todos os crimes.

O principal arguido, Imad Eddin Barakat Yarkas, para quem a acusação tinha pedido 74.377 anos de detenção pelo assassínio das vítimas dos atentados nos Estados Unidos, foi condenado a 15 anos de prisão pela acusação de «conspiração de cometer o delito» de assassínio e a mais 12 por liderar uma organização terrorista.

Driss Chebli, para quem o Ministério Público também pedia mais de 74 mil anos de cadeia, foi condenado apenas a seis anos de prisão por «colaboração» com a Al-Qaeda, sendo absolvido da acusação de participar na preparação do 11 de Setembro de 2001.

Gahsub Al Abrash Ghalyum, que tinha filmado as Torres Gémeas antes dos atentados, e outro dos principais suspeitos a quem a acusação tentou imputar os assassínios foi absolvido de todos os crimes.

A acusação mantém que a cassete foi usada pelos terroristas para preparar os ataques, o que tribunal não reconheceu como provado. Ghalyum disse que era um simples turista e que as imagens eram apenas para uso pessoal.

Jornalista condenado a sete anos por entrevista a Bin Laden

Um jornalista da televisão Al-Jazeera, Tayssie Alluni (o primeiro a entrevistar Osama bin Laden depois dos ataques de 11 de Setembro) foi, por seu lado, condenado a sete anos de cadeia por «colaboração» com a Al-Qaeda.

O director-geral da cadeia de televisão do Qatar, Waddah Khanfar, já afirmou que vai apresentar recurso por considerar o veredicto "injusto".

O tribunal absolveu mais cinco arguidos (Mohamed Khair Al Saqqa, Waheed Koshagi Kelani, Ahmad Koshagi Kelani, Sid Ahmed Budjella e Bassam Dalati Satut), condenando os restantes a penas de entre seis e 11 anos de

prisão, por vários crimes relacionados com associação à organização terrorista.

Ao longo de três meses, entre 22 de Abril e 05 de Julho, o painel de três juízes ouviu mais de uma centena de testemunhas, no que constituiu o maior processo contra terroristas islâmicos no continente europeu.

A procuradoria tinha pedido «sentenças exemplares», enquanto a defesa pediu a absolvição por problemas de procedimento.

Redação