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Áustria coloca em risco inicio das negociações de adesão

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia retomam esta segunda-feira de manhã, no Luxemburgo, as discussões para tentar convencer a Áustria a aceitar o quadro das negociações de adesão da Turquia. A situação poderá levar ao adiamento da cerimónia que marca o início das negociações de adesão entre a EU e a Turquia.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia retomam esta segunda-feira de manhã, no Luxemburgo, as discussões para tentar convencer a Áustria a aceitar o quadro das negociações de adesão da Turquia.

Os encontros de hoje surgem depois de, no domingo, as seis horas de discussões e negociações bilaterais entre os 25 Estados-membros terem falhado em produzir uma solução para a resistência agora levantado pela Áustria.

Os restantes 24 Estados-membros estão de acordo sobre o texto, proposto em Junho pela Comissão Europeia, que indica como objectivo a adesão da Turquia, num processo de negociações de pelo menos dez anos, aberto e sem garantias.

Já Viena, que tinha aceite em Dezembro de 2004 a abertura das negociações de adesão, pede agora para se acrescentar, explicitamente, no texto uma solução alternativa, como uma «parceria privilegiada», possibilidade rejeitada categoricamente por Ancara.

A solução do problema é decisiva para o início previsto das negociações de adesão da Turquia numa cerimónia oficial agendada para as 17:00 locais (16:00 de Lisboa), mas que poderá ser adiada em caso de falta de acordo.

Segundo fontes diplomáticas, citadas pelas agências noticiosas internacionais, a presidência britânica está a trabalhar na inclusão de uma referência à «capacidade da UE de absorver» a entrada da Turquia a fim de convencer a Áustria a alterar a sua posição.

Por outro lado, e sem fazer uma ligação das duas questões, Viena defende a abertura «imediata» das negociações de adesão da Croácia, adiadas desde Março devido à falta de cooperação de Zagreb com o Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia (TPI).

À entrada da reunião de domingo, o chefe da diplomacia portuguesa, Diogo Freitas do Amaral discordou da posição austríaca, salientando que esta posição de última hora não é razoável nem credibiliza a União Europeia.

Redação