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ACNUR prepara missão de apoio a imigrantes abandonados

As Nações Unidas estão a prepara uma missão de urgência para acudir ao grupo de imigrantes que foram detectados a sul de Marrocos, no deserto. O anúncio foi feito pelo Alto Comissário para os Refugiados, António Guterres.

O Alto Comissariado para os Refugiados está a preparar uma missão de urgência para acudir aos imigrantes que foram detectados em condições muito precárias no deserto no sul de Marrocos.

O alerta para este grupo foi dado pela organização não governamental (ONG) Médios Sem Fronteiras (MSF). Inicialmente a ONG dava conta de um grupo de 500 pessoas mas suspeita-se agora que este grupo tenha 700 pessoas.

«Há, de facto, pessoas que precisam de protecção de acordo com a convenção. O nosso papel é estar atentos às pessoas que precisam desta protecção e que têm direito a ela», avançou António Guterres, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados.

Numa conferencia dada ao final do dia, António Guterres referiu que, para além da missão que está a ser preparada para enviar para Marrocos, o ACNUR tem mantido contactos com o governo espanhol e com as autoridades marroquinas, «para que possa ser encontrada uma solução adequada».

Também o secretário-geral das Nações Unidas (ONU) se pronunciou esta sexta-feira sobre a crise gerada nos enclaves de Ceuta e Melilla, qualificando a situação de «muito grave».

Seis imigrantes subsaarianos perderam a vida durante um assalto falhado, na quinta-feira, contra a vedação de segurança no limite do enclave de Melilla. A administração espanhola local anunciou que os indivíduos entrados ilegalmente vão ser repatriados.

Há uma semana, em assaltos semelhantes no enclave de Ceuta, cinco imigrantes morreram, mas tanto as autoridades espanholas, como as marroquinas, enjeitaram qualquer responsabilidade.

Desde o início do Verão, ascende já a 14 o número de clandestinos mortos nas vagas de assalto às vedações de segurança de Ceuta e Melilla.

Redação