É um casamento "forçado". Após difíceis negociações, os conservadores vão deixar ao Partido Social-Democrata (SPD) a escolha dos Ministérios num governo de coligação na Alemanha, anunciou um responsável da União Cristã-Democrata (CDU).
«Este princípio funciona bem em numerosas coligações, pelo que estamos a reflectir sobre isso», explicou ao diário Neue Presse de Passau o chefe do Estado regional da Baixa Saxónia (norte), Christian Wulff.
O SPD deve, em contrapartida, aceitar que a CDU e o seu aliado bávaro CSU obtenham o cargo de chanceler, cobiçado pela presidente da CDU, Angela Merkel, e a presidência do Bundestag (câmara baixa do parlamento).
«A União só governará com Angela Merkel na sua liderança. Em todas as outras questões, negociaremos e faremos concessões aos sociais-democratas», afirmou Wulff.
Os conservadores estão, por exemplo, dispostos a aceitar a nomeação de Gerhard Schroeder, chanceler cessante, para o posto de vice-chanceler.
Os líderes conservadores e sociais-democratas, que as eleições legislativas alemãs de 18 de Setembro não conseguiram distanciar, voltam a encontrar-se domingo à noite em Berlim para uma cimeira que deverá conduzir ao anúncio oficial, segunda-feira, de um novo governo de coligação.