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Castro desiste da Cimeira para gerir ajuda a sismo da Ásia

Fidel Castro não vai à Cimeira Ibero-americana para poder «gerir pessoalmente» a ajuda às vítimas do terramoto asiático. Desde 2001 que o presidente cubano não vai a esta cimeira. Segunda-feira, Fidel ofereceu ao Paquistão a ajuda de 200 médicos cubanos. O presidente paquistanês aceitou.

Fidel Castro não assiste este ano, como acontece aliás desde 2001, à Cimeira ibero-americana. Fontes diplomáticas comunicaram à Agência EFE a decisão de Castro de permanecer em Cuba para «acompanhar estas questões» (da ajuda às vítimas do sismo na Ásia).

O Governo espanhol havia informado pouco antes que Castro não participaria na Cimeira, mas sem explicar as razões.

A decisão cubana foi comunicada ao Governo espanhol hoje à tarde, a escassas horas do começo da Cimeira, declarou aos jornalistas o secretário de Estado de Comunicação de Espanha, Fernando Moraleda.

O porta-voz espanhol referiu-se às ausências na Cimeira de Salamanca de outros presidentes devido a desastres naturais nos seus países causados pela tempestade tropical Stan, como são os casos do guatemalteco e do salvadorenho.

Fidel Castro era juntamente com o seu aliado venezuelano, Hugo Chavez, a personalidade mais esperada pelos cerca de 1.600 jornalistas acreditados.

O Presidente cubano não assiste às Cimeiras ibero-americanas desde a que decorreu no Panamá em 2000.

À margem da Cimeira, vários protestos estavam programados assim como documentos de crítica e condenação do regime de Fidel Castro por parte da comunidade no exílio e por parlamentares ibero-americanos.

A XV Cimeira Ibero-americana realiza-se entre sexta-feira e sábado na cidade espanhola de Salamanca.

200 médicos cubanos a caminho do Paquistão

Na segunda-feira, Cuba propôs enviar 200 médicos ao Paquistão, assim como os medicamentos necessários para a missão. A ajuda foi aceite esta quinta-feira, declarou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros de Cuba, Bruno Rodriguez.

O Presidente cubano, Fidel Castro, propôs esta ajuda segunda-feira numa carta ao seu homólogo paquistanês, Pervez Musharraf.

O sismo de sábado causou pelo menos 25.000 mortos no Paquistão e 1.329 no Estado de Caxemira indiano, segundo novos balanços oficiais hoje divulgados.

Redação