A Cimeira Ibero-Americana que se inicia esta sexta-feira vai contar com manifestações a favor e contra Cuba e a Venezuela nas imediações do local do evento em Salamanca. Outras cerimónias, eventos e encontros vão marcar o evento.
Manifestações a favor e contra os regimes de Cuba e da Venezuela vão ocorrer em Salamanca, a cidade que recebe esta sexta-feira e este sábado a XV Cimeira Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo.
Uma das manifestações de apoio ao regimes de Fidel Castro, que uma vez mais volta a faltar a esta Cimeira, e de Hugo Chavez contará com a participação de 800 portugueses.
«Respondemos a um pedido de organizações espanholas e queremos deixar este acto de solidariedade. Quando tornámos esta iniciativa pública, muita gente se inscreveu, mas não temos capacidade para levar mais ninguém. Sei que muitos vão de carro», explicou João Corregedor da Fonseca, da Associação de Amizade Portugal-Cuba.
Mas há também várias manifestações de oposição marcadas para Salamanca, em especial com o regime de Fidel Castro e que serão organizadas por estruturas de cubanos no exílio em Espanha e nos EUA.
Dois destes grupos deverão mesmo apresentar na Audiência Nacional espanhola uma queixa não só contra Fidel Castro, mas contra outros dirigentes cubanos por «delitos de lusa-humanidade».
Estes grupos dizem que vão apresentar esta queixa, uma vez que o Tribunal Constitucional determinou que a Espanha pode julgar crimes de genocídio e crimes contra a humanidade mesmo que tenha ocorrido fora do país e mesmo que não envolvam espanhóis.
Entretanto, as autoridades espanholas já anunciaram que tencionam balançar o respeito pelo direito às manifestações com a necessidade de garantir a segurança dos dignitários internacionais.
Para além das manifestações, a Cimeira deverá contar com cerimónias, eventos e encontros paralelos ao evento, como a inauguração da exposição «Tão vasta liberdade em tão estreia regra - A Arte do Azulejo em Portugal», que conta com a presença dos reis de Espanha.