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Síria rejeita relatório sobre assassinato de Hariri

A Síria considera que há fins políticos por trás do relatório Mélis, elaborado pela Comissão de Inquérito Internacional da ONU. O embaixador sírio na ONU classifica o documento de parcial, politizado e desfasado da realidade.

O embaixador Sírio defende mesmo que o relatório é uma «grande mentira», «absolutamente inaceitável», e explica que a Síria tem provas de que os suspeitos, que constam do relatório, nunca estiveram envolvidos no atentado de Fevereiro, que tirou a vida a Rafic Hariri.

As dúvidas da Síria contrastam com as certezas dos Estados Unidos, que não perderam tempo e já pediram à Comunidade Internacional que julgue a responsabilidade da Síria na morte do antigo primeiro-ministro libanês.

John Bolton, embaixador norte-americano na ONU, afirmou perante o Conselho de Segurança da Organização que este relatório só veio confirmar aquilo que todos já sabiam: Hariri era um milionário popular, que chegou ao poder com a ajuda Síria. Depois foi-se autonomizando, criticando a tutela da Síria sobre o Líbano. Damasco não gostou e eliminou-o.

À inquietação de Washington juntou-se a de Londres. Jack Straw, ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, também já veio dizer que o relatório da ONU é uma prova da influência da elite síria no Líbano.

O documento vai voltar a ser discutido no Conselho de Segurança da ONU na próxima semana, onde se vai decidir se a comissão de inquérito deve continuar em funções até ao dia 15 de Dezembro, para que fiquem desfeitas todas as dúvidas do processo.

Redação