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Exército ocupa posições na fronteira com a Síria

O exército libanês ocupou esta quinta-feira posições, pela primeira vez em 30 anos, junto à fronteira com a Síria, frente às bases dos grupos palestinos aliados de Damasco, cuja a presença foi denunciada pelas Nações Unidas.

O exército libanês destacou 500 soldados e 50 viaturas, entre as quais veículos de combate, entre Haloua e Sultan Yacoub, segundo uma fonte militar.

Um relatório do responsável pelo acompanhamento e aplicação da resolução 1559, Terge Roed-Larsen, denunciou quarta-feira a «circulação ilegal de armas e de pessoas pertencentes a grupos palestinos armados no Líbano, que ameaçam travar os esforços para assegurar a soberania» deste país.

O documento refere-se, entre outros, aos grupos armados palestinos como a Frente Popular de Libertação da Palestina-Comando Geral (FPLP-CG) de Ahmad Jibril e do Fatah-Intifada, um grupo dissidente dirigido pelo coronel Abu Mussa.

Jibril, comandante da FPLP-CG afirmou ter mantido uma longa conversa telefónica com o primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora.

«Disse-lhe que não nos opúnhamos à presença das tropas libanesas na condição de que elas não se aproximem das nossas bases», afirmou Jibril, citado hoje pelo diário libanês An-Nahar, advertindo que «não dialogará sob ameaça».

O frente-a-frente entre as tropas libanesas e os grupos radicais palestinos fora do controlo da Autoridade Nacional Palestina (ANP) de Mahmud Abbas e hostis a uma solução negocial com Israel, tornou-se inevitável depois da retirada em Abril, das tropas sírias estacionadas no Líbano durante 29 anos.

Redação