Carlos Gomes Jr. considera que a situação que se vive na Guiné-Bissau é um atentado à democracia. O recém demitido primeiro-ministro diz que não há razão para que o país volte a viver uma crise política e pede a intervenção da comunidade internacional.
O primeiro-ministro demitido da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Jr., considera que o que está a acontecer no país é um atentado à democracia.
Carlos Gomes Jr, que foi demitido há dois dias por Nino Vieira, diz que o país está a viver uma situação caricata e defende que não há qualquer razão para que volte a viver uma crise politica.
Por isso, o recém demitido primeiro-ministro, que diz não saber as razões por que foi demitido, pede a intervenção da comunidade internacional.
Entrevistado pela TSF, Carlos Gomes Jr. sublinha que a actual situação pode prejudicar as negociações com a delegação do Fundo Monetário Internacional, cujo início está marcado para esta segunda-feira.
A delegação do FMI chegou ontem e foi surpreendida pela presença os militares nos ministérios, adiantou Carlos Gomes.
Numa entrevista transmitida este domingo pela Rádio France Info, o presidente da Guiné-Bissau adiantou que não quer realizar eleições legislativas antecipadas e que vai criar um governo de unidade nacional.
Por esta razão, explicou Nino Vieira, vai pedir ao PAIGC para que indique três nomes para o cargo de primeiro-ministro. A esta questão, Carlos Gomes Jr, que é também presidente do partido, diz que nesta lista só irá constar um nome.