O presidente dos democratas-cristãos da Baviera já não assumir a pasta da Economia do futuro executivo alemão. Edmund Stoiber terá tomado esta decisão na sequência do anúncio da não recandidatura de Muentefering à liderança do SPD e de um desacordo com Angela Merkel.
A criação de uma grande coligação entre os democratas-cristãos e os sociais-democratas deu, este terça-feira, mais um passo atrás com a retirada de Edmund Stoiber, que deveria assumir a pasta da economia.
A desistência de Stoiber de entrar para o futuro executivo de coligação surge na sequência do facto do actual presidente dos sociais-democratas alemães (SPD) ter anunciado que não se vai recandidatar a este cargo.
Franz Muentefering, apontado como futuro vice-chanceler, indicou ainda que deixava em aberto a possibilidade de vir ou não a integrar o executivo que deverá juntar a CDU de Angela Merkel, a CSU do chanceler cessante Gerhard Schroeder e a CSU de Stoiber.
«É naturalmente para mim e para nós uma situação que muda», comentou Stoiber, na segunda-feira, sobre as decisões tomadas por Muentefering.
Segundo a televisão ZDF na base do abandono do líder da CSU (ramo democrata-cristão da Baviera) está também um desacordo entre Stoiber e Angela Merkel sobre as competências do futuro Ministério alemão da Economia.
De acordo com fontes do partido de Stoiber, aquele que seria o futuro ministro da Economia poderá vir a ser substituído pelo líder da CSU no parlamento germânico, Michael Glos.
Depois das decisões anunciadas por Muentefering e Stoiber, um deputado da CSU admitiu que as conversações em curso sobre a coligação poderão vir a falhar, muito embora tudo vá ser feito para que dêem certo.
Caso estas conversações falhem, os grandes partidos poderão virar-se para os partidos mais pequenos como os Democratas Livres do FDP ou então para os Verdes.
Se também estas hipóteses não se concretizarem, a Alemanha poderá vir a ter de repetir as eleições legislativas, após o acto eleitoral inconclusivo de 18 de Setembro.