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Exército norte-americano usou fósforo branco

Depois de vários desmentidos o Pentágono admite que usou fósforo branco no Iraque em 2004. Em entrevista à BBC, um porta-voz do Departamento de Defesa confirmou a utilização desta arma incendiária defensiva na cidade de Fallujah.

A denúncia tinha sido feita numa reportagem da RAI que causou grande polémica. Os testemunhos de civis em Fallujah recordam uma «chuva de fogo sobre a cidade» e muitos mortos queimados.

O porta-voz do Pentágono, Barry Venable, em entrevista à televisão pública britânica BBC, reconhece o uso de fósforo no ataque a Fallujah, mas diz que estamos apenas perante uma arma convencional.

«O fósforo branco é apenas uma arma convencional, não química, costumamos usá-lo para iluminar locais escuros ou marcar alvos, além disso é uma arma incendiária e pode ser usada em combate contra o inimigo», adiantou.

O tenente-coronel Venable explicou ainda a técnica de emprego do fósforo branco aplicada em Fallujah.

«Quando estamos perante forças inimigas escondidas, quando a nossa artilharia de potentes explosivos não tem impacto e quando queremos fazê-las sair dessas posições, uma das técnicas é lançar fósforo branco para a posição. Os efeitos combinados de fogo e do fumo fá-los-ão sair dos buracos para podermos matá-los com potentes explosivos», acrescentou.

Este testemunho contradiz o de outro também norte-americano. Entrevistado pelo jornal The Independent, logo depois da reportagem da RAI, o embaixador norte-americano em Inglaterra. Robert Tutle, garantiu que os militares dos EUA não utilizam napalm nem fósforo branco.

Esta arma não está incluída na Convenção sobre Armas Químicas, mas este documento lembra que uma arma deste teor é qualquer uma que cause a morte ou incapacidade através de uma acção química.

Redação