Os sociais-democratas alemães e conservadores da CDU-CSU assinaram oficialmente, esta sexta-feira, um contrato de coligação, em Berlim.
A conservadora Angela Merkel assinou em primeiro lugar o documento de 190 páginas, aprovado na sexta-feira, que deve servir de base ao trabalho no Governo da «grande coligação» que deverá dirigir.
O novo presidente do Partido Social-Democrata alemão, Matthias Platzeck, e o presidente da União Democrata Cristã da Baviera, Edmund Stoiber, colocaram também a assinatura uns segundos mais tarde.
Angela Merkel realçou num breve discurso que este documento «é apenas uma base de trabalho» que deve ser colocada na prática para uma Alemanha melhor.
A responsável adiantou que «o espírito de seriedade e competência» que presidiu às negociações para a coligação, deve continuar a imperar.
O objectivo do próximo governo alemão é assegurar crescimento económico e criação de emprego, assim como preservar o sistema de segurança social e equilibrar o orçamento vai ser «sanear, investir e reformar».
Para Matthias Platzeck o país não deve, com esta coligação, ficar «imobilizado», porque mesmo numa nação «boa» como a Alemanha «não avançar, é recuar».
O líder do SPD considera ainda que esta coligação deve ser responsável e frontal com os cidadãos da Alemanha, capaz de assumir os grandes desafios do século XXI.
Por seu lado, Edmund Stoiber sublinhou que este acordo, sobre o qual se negociou durante quatro semanas, é uma base adequada para que se resolvam os problemas, em especial os económicos.
Angela Merkel vai a votos no Parlamento na terça-feira e deverá depois transformar-se com toda a probabilidade na primeira mulher à frente da Chancelaria da República Federal da Alemanha.