Os EUA reiteraram, esta sexta-feira, o convite aos peritos da ONU para visitarem a prisão militar na base naval de Guantanamo, em Cuba. No entanto, mantiveram a proibição de contactos com os detidos.
«Achamos que isto é mais do que suficiente, é pena que [os peritos da ONU] não pensem assim», afirmou um porta-voz do Departamento de Estado, numa reacção à decisão dos peritos de cancelar a sua visita por considerarem injustas as condições impostas.
«Damos-lhes o mesmo acesso às instalações que tem qualquer um dos representantes do povo americano», sublinhou Adam Ereli.
Segundo aquele responsável, os EUA não estão dispostos a permitir que os peritos das Nações Unidas tenham acesso directo aos prisioneiros «só para evitar um conflito».
No entanto, Ereli realçou que os membros do Comité Internacional da Cruz Vermelha estão autorizados a visitar a prisão e falar com os detidos, porque esse é o procedimento «correcto» em Guantanamo, onde estão presos suspeitos de terrorismo.
Os peritos em direitos humanos das Nações Unidas rejeitaram hoje o convite dos Estados Unidos para visitar Guantanamo, alegando que as restrições tornariam impossível uma avaliação correcta das condições em que os prisioneiros estão detidos.