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Sharon pede dissolução de parlamento

Ariel Sharon pediu a dissolução do parlamento israelita, considerando que o Knesset não permite o funcionamento correcto do Governo tal como está. O ainda primeiro-ministro oficializou também a sua saída do Likud para formar um novo partido.

O presidente israelita anunciou, esta segunda-feira, que o primeiro-ministro Ariel Sharon lhe pediu para dissolver o Parlamento, o que deverá abrir caminho para eleições gerais antecipadas.

Em conferência de imprensa conjunto com Sharon, Moshe Katsav explicou que o ainda primeiro-ministro israelita justificou o pedido feito com o facto de o parlamento, tal como está actualmente, não permitir o «funcionamento correcto do Governo».

«Vou proceder a algumas consultas, hoje. Penso que deverá haver eleições antecipadas quanto antes, se me parecer que nenhum candidato pode formar um Governo nas próximas três semanas», acrescentou.

Com este pedido, Katsav ficou com 21 dias para tentar arranjar um sucessor para Ariel Sharon, que terá de reunir o apoio de uma maioria simples do parlamento israelita, o Knesset, ou seja de 61 dos 120 deputados.

Eleições antecipadas

No caso de este objectivo não ser atingido, as eleições deverão celebrar-se no prazo máximo de 90 dias, sendo a data exacta aprovada pela Comissão Central de Eleições.

Depois da aprovação por unanimidade no domingo do Conselho Central do Partido Trabalhista de abandonar a coligação que tinha com o Likud, Sharon anunciou também a sua saída do Likud.

Num carta dirigida à direcção do Likud esta segunda-feira, o ainda primeiro-ministro anunciou o abandono do partido que ajudou a fundar, no início dos anos 70, bem como a certeza de querer formar um novo partido.

A nova formação política de Sharon, que se deverá chamar «Responsabilidade Nacional», deverá contar com o apoio de pelo menos 14 deputados do Likud, incluindo o de cinco ministros do actual governo, bem como o de Shimon Peres.

Redação