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Países conseguem acordo sobre terrorismo

Em Barcelona, os ministros dos países que participaram na I Cimeira Euro-Mediterrânica, chegaram a acordo no que respeita à adopção de um código de conduta de combate ao terrorismo.

Este acordo foi conseguido depois dos líderes da União Europeia terem decidido retirar a cláusula que considerava que a luta pela auto-determinação não justificava o terrorismo, segundo a agência de notícias Reuters.

Por sua vez, os poucos líderes árabes presentes no encontro aceitaram desistir do ponto que dava o direito aos povos ocupados de resistir até ao fim.

O primeiro-ministro português saiu satisfeito do encontro e saudou a aprovação deste código de conduta contra o terrorismo.

José Sócrates defendeu também uma aproximação entre a União Europeia e os países árabes da bacia do mediterrâneo para melhorar a segurança na região.

O chefe de Governo de Portugal elogiou ainda «medidas de combate à imigração ilegal», que considera serem «aspectos absolutamente críticos» em termos de segurança.

Sócrates destacou a aprovação do plano de acção para os próximos cinco anos, um «passo em frente na cooperação da União Europeia com o sul do Mediterrâneo».

Para Sócrates estas intenções demonstram «determinação» de «investir na boa governação, reforçar as democracias e aprofundar a cooperação económica».

No final da cimeira, em conferência de imprensa, Tony Blair, primeiro-ministro do Reino Unido, que preside actualmente à União Europeia, não escondeu as divergências que se fizeram sentir nesta cimeira, mas realçou que há uma forte vontade de todos para combater o terrorismo.

«Podemos até não estar de acordo em relação a todos os assuntos, mas esta conferência indicou uma forte determinação face aos desafios com que nos deparamos actualmente quer eles sejam económicos, de segurança, terrorismo ou imigração ilegal. Temos muito a ganhar de trabalhar em conjunto, mas só assim unidos poderemos ultrapassar os problemas», acrescentou.

Blair disse ainda que a cimeira «conseguiu uma forte condenação do terrorismo, a mais dura que era possível aprovar».

Redação