Para combater e prevenir o fenómeno da imigração ilegal, a Comissão Europeia avança com uma série de medidas com vista à vigia e protecção da fronteira mediterranea. As ideias estiveram a ser analisadas pelos 25 em Bruxelas.Portugal defende que a costa portuguesa também seja abrangida pelas medidas da UE.
As propostas da Comissão Europeia, com vista a combater e prevenir o fenómeno da imigração ilegal estiveram, esta quinta-feira, em discussão em Bruxelas.
Em cima da mesa de discussão, os ministros da Justiça e do Interior dos 25 Estados-membros tiveram propostas como a criação de uma força de intervenção rápida para gerir crises nas fronteiras externas da região, a constituição de uma rede de guarda costeira no Mediterrâneo, a criação de equipas de investigação e patrulhas conjuntas e acções de parceira com Marrocos, Argélia ou Líbia.
No caso de Portugal, o ministro da Administração Interna defendeu ao facto de ser preciso garantir, também, uma estratégia de defesa da fronteira externa mediterrânica da EU.
António Costa sublinhou que Portugal partilha a fronteira sul mediterrânica e que, por isso, a vigilância deve abranger desde o ponto mais oriental da União até Sagres.
O objectivo, explicou o ministro, é evitar que um maior patrulhamento em determinadas áreas desvie fluxos migratórios ilegais para outras regiões, explicou o ministro.
António Costa considera que, por agora, não existe a possibilidade de que esses fluxos se desviem mas sempre vai dizendo que a União deve avançar com medidas que previnam esse risco.
Na análise feita pelos ministros da Justiça e do Interior, as propostas da Comissão são particularmente interessantes. Resta agora aguardar pela palavra final que será dada pelos Chefes de Estado e de Governo na cimeira de Dezembro.