Os Estados Unidos atingiram, esta sexta-feira, a barreira dos mil executados desde o restabelecimento da pena de morte em 1976, com a morte de Kenneth Boyd condenado por duplo homicídio, na Carolina do Norte.
Kenneth Boyd, 57 anos, foi condenado à pena de morte em 1994 por duplo homicídio, que aconteceu seis anos antes e teve como alvo a sua mulher e sogro.
Os jornalistas assistiram à execução na prisão central de Raleigh, através de uma injecção letal.
Boyd nunca negou a culpa por estes assassínios e salientou que a sua experiência na guerra do Vietname contribuiu para o seu estado psicológico no dia do crime.
Numa entrevista na prisão, realizada pela Associated Press, o culpado afirmou que não queria ser lembrado como o milésimo condenado à morte nos Estados Unidos, por não gostar da ideia de ser apenas um número.
Os apelos de última hora à clemência foram rejeitados pelos tribunais norte-americanos e pelo governador da Carolina do Norte.
A pena de morte foi restabelecida pelo Supremo Tribunal em 1976, depois de uma moratória de dez anos.
Desde então, 832 condenados foram mortos por injecção, 152 por electrocussão, 11 na câmara de gás, três por enforcamento e dois fuzilados.
A pena de morte é legal em 38 dos 50 Estados norte-americanos.