George W. Bush «apoia firmemente» a pena de morte porque esta pode ajudar a «salvar vidas inocentes», indicou hoje a Casa Branca, no dia da milésima execução nos Estados Unidos desde o restabelecimento da pena capital, em 1976.
O Presidente norte-americano «apoia firmemente a pena de morte porque acredita (à) que a sua aplicação ajuda a salvar vidas inocentes», declarou o porta-voz da Casa Branca Scott McClellan.
«Quando a pena é aplicada de forma justa, rápida e segura, tem
um efeito dissuasor e serve para salvar vidas inocentes», afirmou,
acrescentando: «É por esta razão que o Presidente a apoia firmemente».
O porta-voz indicou ainda que Bush lançou uma iniciativa para desenvolver os inquéritos criminais utilizando o ADN, a fim de evitar os erros judiciais.
«Avançamos com esta iniciativa para que possamos estar seguros de que os inocentes são protegidos (da pena de morte) e para que
possamos identificar as vítimas», disse.
Estas declarações ocorrem no dia em que os Estados Unidos atingiram a «barreira» dos mil condenados executados deste o
restabelecimento da pena de morte em 1976.
Keneth Boyd, de 57 anos, foi hoje declarado morto às 02:15 locais (07:15 em Lisboa), 15 minutos depois de lhe ter sido administrada uma injecção com uma substância letal.
Boyd tinha sido condenado em 1994 pela morte, seis anos antes (1988), da sua mulher e do seu sogro.