O governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, negou hoje o perdão a Stanley "Tookie" Williams, proposto para o Nobel da Paz em várias ocasiões e que será executado hoje após a meia-noite (hora local). Apesar do curto prazo para a aplicação da pena, a Amnistia Internacional apela ao protesto.
«O governador recusou comutar-lhe a pena», declarou um responsável do serviço de imprensa do governador.
Williams, acusado de assassinar quatro pessoas há 24 anos, foi o fundador na sua adolescência do famoso "gang" de rua "Crips" de Los Angeles, mas nos últimos anos converteu-se num símbolo contra a pena de morte.
Williams será executado terça-feira às 00:01 (08:01 em Lisboa) por injecção de um produto letal, na penitenciária de San Quentin, perto de São Francisco.
Amnistia apela a protesto contra execução
Entretanto, a Amnistia Internacional (AI) apela aos portugueses para que protestem contra a execução nos Estados Unidos de Stanley Williams, cuja sentença de morte foi confirmada pelo governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger.
O presidente da secção portuguesa da AI, Simões Monteiro, disse à Agência Lusa que a decisão de não comutar a pena, conhecida hoje ao início da noite, «é uma triste notícia, apesar de ser expectável».
Apesar da decisão de Schwarzenegger, a Amnistia Internacional mantém o apelo, divulgado em comunicado, para que «os portugueses se juntem aos activistas de Direitos Humanos em todo o mundo na condenação da pena de morte em toda e qualquer circunstância».
A organização apela ao envio de mensagens de correio
electrónico pedindo pela vida de Stanley Williams.