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Sequestradores de refém jordano fazem ultimato a Amã

Os sequestradores de um jordano, raptado a 20 de Dezembro em Bagdad, deram três dias às autoridades de Amã para libertarem uma iraquiana que tinha planeado um atentado suicida contra um hotel de Amã.

A Jordânia fez já saber que não cederá «às pressões, acções ou exigências dos terroristas», pela voz do porta-voz do Governo, Nasser Jawdeh.

Num curto vídeo divulgado hoje pela cadeia de televisão Al-Arabiya, o refém surge cercado de três homens encapuzados que enumeram as suas reivindicações às autoridades jordanas. Os sequestradores não dizem que destino terá o refém caso as reivindicações não forem cumpridas.

No vídeo, onde aparece a menção "Unidade dos Falcões" que parece ser o nome do grupo dos seus sequestradores, o refém identificou-se como sendo "Mahmud Salmane Saidat", funcionário da embaixada da Jordânia, em Bagdad, capturado terça-feira por um grupo de mujaidines, quando se dirigia, segundo ele, para a embaixada.

«Apelo ao governo jordano para retirar a sua representação diplomática do Iraque e não cooperar com este governo ilegítimo», disse, em referência ao governo iraquiano.

O refém, que apresentava as reivindicações dos seus sequestradores, pede também às autoridades de Amã que «libertem a iraquiana Sajida Atrous al-Rishawi detida pelos moukhabarat (serviços secretos) da Jordânia».

Sajida al-Rishawi foi detida na Jordânia pelo seu alegado envolvimento de três atentados suicidas contra hotéis em Amã a 09 de Novembro, reivindicado pelo grupo de Abu Mussab al-Zarqawi, chefe da Al-Qaida no Iraque, e que fez 60 mortos.