O euro atingiu, esta sexta-feira, um novo máximo histórico face ao dólar, a beneficiar de forte pressão vendedora no que respeita à moeda norte-americana.
Ao longo do dia, a moeda única variou entre um mínimo de 1,1901 dólares e um máximo de 1,2018 dólares, valendo, à hora do fecho do mercado cambial em Lisboa, 1,1987 dólares.
O movimento rápido de queda do dólar teve início logo de manhã quando, após a abertura dos mercados em Londres, começaram a disparar ordens de venda.
Segundo os analistas, a perspectiva de passagem da barreira psicológica dos 1,20 dólares originou um «ligeiro pânico», o que levou os investidores a venderem dólares.
Num dia marcado por uma grande volatilidade, os analistas referem também que o euro poderá ter subido devido à falta de liquidez e pelo facto de os investidores estarem afastados do mercado.
Há analistas que sublinham ainda que os mercados cambiais estão a ser dominados pelos fundos especulativos que apontam para uma baixa do dólar, a longo prazo, devido aos desequilíbrios estruturais (défice orçamental e da balança corrente) que pesam sobre a economia norte-americana.
Em termos de indicadores económicos, nada foi divulgado nos EUA, enquanto na Zona Euro pairou no ar algum optimismo.
O clima de negócios registou, em Novembro, o primeiro valor positivo em dois anos e meio, enquanto o sentimento económico registou a maior subida em mais de doze meses.