O Governo aprovou em Conselho de Ministros da privatização da Galp Energia, dando assim o primeiro passo na reestruturação do sector energético em Portugal.
O Conselho de Ministros aprovou, esta quarta-feira, a terceira fase de privatização da Galp Energia que passa pela venda de 18,3 por cento do seu capital à REN - Rede Eléctrica Nacional, avançou o ministro da Economia, Carlos Tavares, em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros.
Com esta medida, o Executivo dá o primeiro passo na reestruturação do sector energético em Portugal e que prevê a transferência da fileira do gás natural da Galp Energia para a EDP e a fusão da Transgás na REN, ficando a Galp apenas com a Petrogal-Petróleo de Portugal.
Segundo Carlos Tavares, os 18,3 por cento são relativos à posição de 13,50 por cento da Caixa Geral de Depósitos, que deixa de ser accionista, mais uma parcela de 4,8 por cento da posição do Estado, que vê assim reduzida a sua posição de 34,8 por cento.
Até ao final do dia de hoje ou quinta-feira será divulgado o valor da transacção que deverá estar concluída até final do ano.
Relativamente ao accionista ENI, o ministro da Economia revelou que a decisão hoje tomada não «não põe em causa os direitos da ENI (...) nenhum direito da ENI quanto à sua posição accionista ou quanto ao acordo parassocial».
A reestruturação foi aprovada em Assembleia-Geral da Galp Energia e contou com 63 por cento de votos favoráveis e a oposição da italiana ENI, que detém uma minoria de bloqueio de 33,34 por cento, e da espanhola Iberdrola, que detém uma posição de quatro por cento.