Depois do aumento das pensões da reforma o Governo vai decidir, esta segunda-feira, juntamente com os parceiros sociais a actualização do salário mínimo nacional. O aumento deverá rondar os 2,5 por cento.
Na prática, este aumento representa um aumento de oito até dez euros. É um aumento muito aquém do reivindicado pelas centrais sindicais, que pediam um aumento de 25 euros, mas o Governo não vai ceder.
O ministro do Trabalho vai apresentar, na reunião desta segunda-feira da concertação social, cinco propostas com valores de aumento de salário mínimo que oscilam entre os dois e os 2,8 por cento.
Apenas a proposta mais alta, dos 2,8 por cento permitiria um aumento real do poder de compra, mas o Governo deverá ficar-se pelos 2,5 por cento, devido a três motivos, ou seja, porque foi o valor fixado para o ano de 2003, e porque este foi também o valor do aumento das pensões de reforma.
A terceira razão tem em conta o relatório do grupo de trabalho inter-ministerial, que acompanha este assunto e que vem citado no Jornal de Negócios e no Diário Económico, esta possibilidade é a única que permite que não haja perda de poder de compra.
Com ou sem aumento e comparando os números com os restantes países da União Europeia, Portugal continua no fim da tabela, atrás da Espanha e da Grécia.
Mesmo comparando estes valores com os dos países que estão prestes a entrar na União Europeia, como Malta e Eslovénia, Portugal apresenta os valores mais baixos.